quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Estado de alma das Ciências da Terra

A enorme crise financeira que está actualmente a afectar o continente Europeu, com destaque em Portugal, aliado ao número crescente de desempregados, está hoje na ordem do dia. Actualmente, os alunos que terminam o Ensino Secundário e pretendem ingressar no Ensino Superior optam, normalmente, pelas áreas que terão maior saída profissional, como é o caso da Medicina, Enfermagem, engenharias, etc.

Assim, os cursos com um número menor de entradas, como é o caso da Geologia, podem ter, mesmo em tempo de crise, alguma procura aliada a uma crescente necessidade de técnicos ligados às Geociências.

Neste últimos anos, as políticas de investimento por parte de sucessivos Governos têm dado especial destaque às obras públicas e área da Saúde, tendo deixado a área das Geociências sem investimento e cada vez mais ao abandono. Não nos podemos esquecer que, para o desenvolvimento de uma sociedade, são precisas matérias-primas que têm origem nas rochas e minerais que constituem a crusta terrestre.

Durante a revolução Industrial e também durante a 1ª e 2ª Guerras Mundiais, por toda a Europa, existiam milhares de minas em actividade. Porém, algumas políticas, chamadas de "Verdes", obrigaram a que grande parte da actividade mineira na Europa entrasse em declínio, forçando a compra de matérias-primas a países como a China e o Brasil. Porém, estes países também se começaram a desenvolver e, portanto, a consumir essas matérias-primas, impossibilitando, assim, a sua venda aos países europeus.

Actualmente, vive-se, na Europa, uma autêntica crise de matérias-primas que pode, por exemplo, obrigar o maior motor da economia Europeia, como é o caso da Alemanha, a ter de parar, o que teria consequências bastante negativas. Este facto obrigou certos países a voltar a abrir minas em território Europeu para tentar fazer face a uma cada vez maior escassez de matérias-primas.

Igor Morais

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