quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Complexo Metamórfico da Foz do Douro -

Ao longo da faixa litoral da cidade do Porto, entre o Forte S. Francisco Xavier (Castelo do Queijo) e o molhe de Felgueiras (foz do Douro), encontram-se preservados magníficos afloramentos de rochas metassedimentares, espacialmente associadas a ortognaisses de diferentes tipos e a anfibolitos que, no seu conjunto, constituem o Complexo Metamórfico da Foz do Douro




Estudos geoquímicos efectuados com base em elementos maiores, elementos menores e terras raras (Noronha e Leterrier 1995, 2000; Leterrier e Noronha 1998), confirmaram a presença de diferentes tipos de gnaisses, todos eles com carácter peraluminoso, mas cujas características químicas e químico-mineralógicas permitiram o seu agrupamento em dois grandes grupos composicionais: (i) Grupo dos gnaisses com composição granodiorítica-tonalítica, constituído pelos gnaisses leucocratas e pelos gnaisses biotíticos; e (ii) Grupo dos gnaisses de composição granítico-adamelítico, englobando os gnaisses leucocratas ocelados e os gnaisses leucocratas de tendência ocelada.
Os dados geoquímicos indicaram, ainda, uma origem profunda com assinatura mantélica para os gnaisses biotíticos, e uma origem francamente crustal para os gnaisses leucocratas ocelados e de tendência ocelada.
Estudos geocronológicos e de geoquímica isotópica sobre as rochas gnáissicas (método do U/Pb - diluição iónica - em zircões) indicaram uma idade de 567±6 Ma para os gnaisses biotíticos, de 606±17 Ma para os gnaisses leucocratas ocelados e de tendência ocelada (Noronha e Leterrier 2000).









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